Dia da Terra
É o 50º ano que se comemora este dia que devia ser do interesse de todos. Quando digo todos, é todos mesmo. Em 1970, estava eu em Lisboa no Monsanto, no GDACI (Grupo de Detecção, Alerta e Conduta de Intersecção), na Força Aérea, quando ouvi falar pela primeira vez, no Dia da Terra. Um colega meu, julgo que era da Polícia Aérea, levava um rádio na mão e, tal como ele, ouvi as notícias que teriam tido origem nos USA.
Agora, a conclusão que tiro é que essa luta pouco ou nada tem valido, quando reparo nas estatísticas dos últimos 50 anos: a população mundial duplicou, o consumo de recursos naturais triplicou, que existem cerca de um milhão de espécies em vias de extinção, que os oceanos têm panelas de sopa de plástico com milhões de km2 de extensão e bateram um recorde de temperaturas o ano que passou - 2019. E recordo-me eu que, no navio Niassa, de regresso a Lisboa, apareceu alguém a descascar laranjas e mandar as cascas para o chão. Apareceu o comandante militar do navio, um coronel do exército: "isto não se faz! Deitam-se para o mar que o mar absorve tudo"! Pois!
Um guarda-rios, daqueles que caminham ao lado do Ventor
Também verificamos que o nosso planeta está cada vez mais a caminhar para o seu fim. Por este andar será uma questão de tempo para ser um planeta morto. Apesar de se tentar fazer alguma coisa para inverter tudo isto, somos obrigados a concluir que é pouco e que o plano de salvação da Terra se inclina cada vez mais.
Vejam o que se passa, como exemplo, com os glaciares existente nos Alpes suíços, com os glaciares da Antárctida, entre outras formas de como o aumento da temperatura vai "incinerando", passe a expressão, o nosso mundo e, ainda por cima, como ainda existe gente, na cambada política mundial que, geralmente, não passa cartão àquilo que nos entra todos os dias pelos olhos dentro - a morte acelerada do nosso planeta.
Eu posso dizer que, a partir de 2.000 me apercebi que alguma coisa foi feita nos arredores de Lisboa. Limparam-se os riachos completamente podres e mal cheirosos, onde os bichos, peixes e outros, não sobreviviam a não ser ratazanas e com essa limpeza, começaram a aparecer os peixes, passarada e, entre estes, os guarda-rios que como sabemos, eles só vão colorir de azul ribeiros com peixe. Podia passar aqui o dia todo a teclar para escrever tanta coisa que nos irá matar e não será só o coronavírus. Este apenas vem agravar e acelerar a nossa caminhada no planeta Terra.
Olhem-me esta beleza.
O nosso mundo é belo não o deixemos morreer. Quando um guarda-rios apanha peixe, significa que não há poluição, por isso eu o coloco aqui para exemplificar as melhorias dos nossos rios